Raul Marcelo pede prisão preventiva e afastamento do prefeito de Sorocaba para garantir investigação da PF sobre corrupção na saúde

O vereador Raul Marcelo (PSOL) protocolou, nesta quinta-feira (10/4), um pedido formal à Polícia Federal solicitando a prisão preventiva e o afastamento imediato do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) do cargo. A medida tem como objetivo impedir qualquer tentativa de interferência nas investigações conduzidas pela Polícia Federal, que apuram esquemas de corrupção na área da saúde pública de Sorocaba, com recursos que ultrapassam R$ 100 milhões.

Durante a operação da Polícia Federal realizada em sua residência nesta quinta-feira (10), o prefeito Manga publicou um vídeo em tom de deboche e desinformação nas redes sociais, no exato momento em que agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão autorizado pelo Poder Judiciário. Segundo Raul Marcelo, a conduta do prefeito, além de interferir nas investigações, representa uma afronta e desrespeito à Polícia Federal. “Ele utilizou as redes sociais para enfraquecer e questionar a credibilidade da investigação. Também joga a população sorocabana contra o trabalho da PF e do Judiciário brasileiro”, critica Raul Marcelo.

A Polícia Federal iniciou, na manhã desta quinta-feira (10), uma operação para desarticular uma organização suspeita de desviar recursos públicos da saúde. Entre os alvos está o prefeito de Sorocaba, município do interior de São Paulo, Rodrigo Manga. Equipes da Operação Cópia e Cola estiveram na sede da Prefeitura Municipal de Sorocaba, na casa e no gabinete do prefeito, na Secretaria da Saúde, no Diretório Municipal do partido e na residência do ex-secretário da Saúde, Vinícius Rodrigues.

Segundo a Polícia Federal, a Organização Social (OS) investigada é a Aceni, responsável pela gestão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Éden e, atualmente, da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Oeste. Os contratos firmados com as duas unidades somam mais de R$ 100 milhões. Inclusive, Raul Marcelo já havia protocolado uma representação junto ao Ministério Público solicitando investigação sobre o contrato entre a Aceni e a Prefeitura de Sorocaba para administrar a UPA do Éden, localizada no bairro Éden, na Zona Industrial da cidade.

Os investigados poderão responder pelos seguintes crimes: corrupção passiva, corrupção ativa, ocultação de capitais (lavagem de dinheiro), peculato, contratação direta ilegal e frustração do caráter competitivo de licitação.