Após denúncia de Raul Marcelo, PF faz nova operação para investigar suspeita de desvio de verba da Saúde de R$ 60 milhões no governo Manga em Sorocaba/SP
A investigação aconteceu após denúncia do advogado Raul Marcelo junto ao Ministério Público
14 May 2024, 12:04 Tempo de leitura: 2 minutos, 24 segundosApós denúncia do advogado Raul Marcelo, a Polícia Federal de Sorocaba e a Controladoria Geral da União (CGU) cumprem três mandados de busca e apreensão na cidade, na manhã desta terça-feira (14), durante a 2ª fase da Operação Sepsis.
A operação investiga uma denúncia de fraude à licitação, desvio de finalidade na aplicação de recursos, ocultação de patrimônio com utilização de “laranjas” e lavagem de dinheiro durante a execução de contrato firmado entre a Prefeitura Municipal de Sorocaba e a Organização Social de Saúde (OSS) para a gestão de Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Éden. Ainda conforme a operação, o contrato é de R$ 60 milhões.
Na primeira fase da operação, realizada em novembro de 2023, a PF cumpriu 23 mandados de busca e apreensão. Segundo a polícia, a partir da análise de parte do material apreendido na primeira fase, foi possível identificar novas pessoas físicas e jurídicas que podem ter participado do esquema ilegal. A Polícia Federal não informou quantas pessoas e empresas são alvos das buscas feitas nesta terça-feira.
SOBRE A REPRESENTAÇÃO DE RAUL MARCELO
Atrasos salariais, contrato superfaturado e gestora envolvida em corrupção em outras cidades são elementos que resultaram em uma representação solicitando ao Ministério Público Estadual que investigue o contrato entre o governo Manga em Sorocaba e o Aceni (Instituto de Atenção à Saúde e Educação), responsável pela gestão da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) do Éden. A denúncia é de autoria do advogado Raul Marcelo, que pede a anulação do contrato por lesar os cofres públicos e ferir o princípio da moralidade. A ação foi protocolada em julho de 2023.
O Instituto de Atenção à Saúde e Educação assumiu a gestão da UPA do Éden em Sorocaba através de um contrato emergencial de seis meses em julho de 2021, que posteriormente foi transformado em um contrato regular, sem qualquer processo de licitação. Entretanto, este instituto já foi alvo de investigações por corrupção em duas ocasiões em outros municípios.
Em Canoas, no Rio Grande do Sul, o Aceni está sendo investigado por práticas similares às ocorridas em Sorocaba, com possíveis direcionamentos na licitação, conforme determinado pelo Judiciário e relatado pela imprensa local.
Além disso, em outro caso, em Guarujá, interior de São Paulo, o prefeito Válter Suman respondeu na Justiça por participar de um esquema de corrupção em contratos firmados com as terceirizadas Pró-Vida, AM da Silva Serviços Administrativos Ltda e Aceni.
Fonte: G1 Sorocaba, com informações do portal www.raulmarcelo.com.br