Após pedido de Raul Marcelo, Rodrigo Manga é afastado do cargo de prefeito de Sorocaba por corrupção na saúde

A partir de ações movidas pelo vereador Raul Marcelo (PSOL), o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quinta-feira (6), durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, deflagrada pela Polícia Federal. Com o afastamento, Fernando Neto (PSD) assume interinamente a Prefeitura de Sorocaba. A operação investiga […]

6 Nov 2025, 10:35 Tempo de leitura: 1 minuto, 39 segundos
Após pedido de Raul Marcelo, Rodrigo Manga é afastado do cargo de prefeito de Sorocaba por corrupção na saúde

A partir de ações movidas pelo vereador Raul Marcelo (PSOL), o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), foi afastado do cargo por 180 dias nesta quinta-feira (6), durante a segunda fase da Operação Copia e Cola, deflagrada pela Polícia Federal. Com o afastamento, Fernando Neto (PSD) assume interinamente a Prefeitura de Sorocaba.

A operação investiga irregularidades em contratos da saúde no município. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Sorocaba e na residência do prefeito. Duas pessoas foram presas. Segundo a investigação, há indícios de desvios de recursos públicos e fraudes em contratos firmados com organizações do terceiro setor.

A primeira fase da Copia e Cola ocorreu em 10 de abril de 2025, quando a PF desarticulou uma suposta organização criminosa suspeita de desviar verbas da saúde. Na ocasião, Raul Marcelo havia solicitado o afastamento e a prisão do prefeito, para evitar interferência nas investigações.

A denúncia que originou a operação partiu de uma representação formal apresentada por Raul Marcelo. O parlamentar acionou o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), apontando indícios de corrupção na relação entre o governo Manga e a entidade Aceni/IASE), contratada originalmente para gerir a UPA do Éden.

O TCE-SP já havia considerado irregular a contratação emergencial firmada em 2021. Mesmo após o alerta do tribunal, a Prefeitura assinou um novo contrato milionário com a mesma entidade, desta vez para administrar a UPH da Zona Oeste. Somados, os dois contratos ultrapassam R$ 123 milhões.

Durante a primeira fase da operação, em abril, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão em espécie, dos quais quase R$ 900 mil estavam com familiares do prefeito Rodrigo Manga. A investigação aponta que o dinheiro pode ter origem em contratos superfaturados da área da saúde.