Policiais vão a acampamento na frente de prédio militar para retirada de bolsonaristas em Sorocaba; denúncia é de Raul Marcelo

A ação é do advogado e ex-deputado estadual Raul Marcelo, que também pede punição aos organizadores e ao prefeito de Sorocaba por omissão.

9 Jan 2023, 14:23 Tempo de leitura: 2 minutos, 17 segundos
Policiais vão a acampamento na frente de prédio militar para retirada de bolsonaristas em Sorocaba; denúncia é de Raul Marcelo

Com informações do G1 Sorocaba

Policiais militares foram até a Base de Apoio Regional do Exército, Antiga 14ª Circunscrição de Serviço Militar de Sorocaba (SP), no início da tarde desta segunda-feira (9), para desmobilizar o grupo de bolsonaristas que acampam no local há dois meses. A ação é do advogado e ex-deputado estadual Raul Marcelo, que também pede punição aos organizadores e ao prefeito de Sorocaba por omissão.

Até esta manhã ainda era possível ver os bolsonaristas na frente do prédio, que fica na Avenida Roberto Simonsen, Jardim Santa Rosália. Mesmo com a chegada dos PMs, alguns bolsonaristas seguiam na base.

A ação da polícia é resultado de uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que deu prazo de 24 horas, com vencimento na madrugada desta terça-feira (10), para a desocupação e desobstrução das vias no entorno.

Os bolsonaristas que permanecerem nos locais podem ser presos em flagrante e enquadrados em pelo menos sete crimes diferentes. Confira o trecho da decisão do ministro do STF:

“Determino a desocupação e dissolução total, em 24 (vinte e quatro) horas, dos acampamentos realizados nas imediações dos quartéis generais e outras unidades militares para a prática de atos antidemocráticos e prisão em flagrante de seus participantes pela prática dos crimes previstos nos artigos 2ª, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei nº 13.260, de 16 de março de 2016 e nos artigos 288 (associação criminosa), 359-L (abolição violenta do Estado Democrático de Direito) e 359-M (golpe de Estado), 147 (ameaça), 147-A, § 1º, III (perseguição), 286 (incitação ao crime).”

Em nota, a prefeitura informou que é obrigação do estado fazer a retirada dos bolsonaristas do local, mas que está monitorando, inclusive com a ajuda de câmeras, e repassando as informações para a Secretaria Estadual de Segurança e Polícia Militar.

Terrorismo em Brasília
Milhares de bolsonaristas invadiram prédios públicos na capital federal neste domingo, contrários ao governo Lula (PT), em desacordo com o resultado das urnas nas eleições 2022. Até as 23 horas de domingo, 300 pessoas haviam sido detidas.

O ataque às sedes dos 3 Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. Os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, invadiram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

O prejuízo ao patrimônio público, de todos os brasileiros, ainda não foi calculado. Os atos terroristas que devastaram Brasília provocaram repúdio na classe política. Deputados federais e estaduais do interior de São Paulo se posicionaram contra a quebradeira registrada na sede dos três poderes.