Operação da PF investiga desvio de R$ 60 milhões na Saúde pelo governo Manga em Sorocaba; denúncia é de Raul Marcelo
A denúncia foi apresentada pelo advogado e ex-deputado estadual Raul Marcelo (PSOL).
23 Nov 2023, 15:38 Tempo de leitura: 2 minutos, 3 segundosA PF (Polícia Federal), em ação integrada com a CGU (Controladoria-Geral da União), realiza, na manhã desta quinta-feira (23), a Operação SEPSIS, que investiga indícios de desvio de recursos públicos na área da saúde em Sorocaba. Segundo reportagem feita pelo portal G1, há funcionários da GCU em operação dentro da Prefeitura de Sorocaba, em busca de provas, como documentos e outros itens.
Antes desta operação, o Portal Porque denunciou a terceirização da UPA, que teve contrato com indícios de superfaturamento assinado pelo prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). A Operação SEPSIS consiste no cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em endereços localizados nos municípios paulistas de Sorocaba, Salto de Pirapora, Cabreúva, Mogi Mirim e São José dos Campos, além de sequestro e bloqueio de bens de pessoas envolvidas. O trabalho em campo conta com a participação de 102 policiais federais e oito auditores da CGU.
A investigação apura práticas ilegais envolvendo a gestão de recursos públicos na execução de um Termo de Convênio, celebrado em março de 2022, entre a Prefeitura de Sorocaba e uma OS para a gestão de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no município. O contrato milionário de gestão da UPA do Éden – fechado sem licitação por valor 40% maior que o anterior foi celebrado em um suposto regime emergencial. A denúncia foi apresentada pelo advogado e ex-deputado estadual Raul Marcelo (PSOL).
Segundo a PF, durante a investigação, foram identificados indícios de desvios de recursos públicos por meio da subcontratação de empresas supostamente fornecedoras de produtos e serviços à OS. Ainda de acordo com a polícia, também foram constatadas transferências de elevados valores das contas da organização e das empresas subcontratadas para contas correntes de familiares ligados à diretoria da OS.
A investigação também apura possíveis práticas de lavagem de dinheiro relacionadas à aquisição e emplacamento de veículos em nome das empresas subcontratadas, que estariam sendo utilizados pelo núcleo familiar controlador da organização. Conforme a PF, são investigados, ainda, eventuais crimes contra a administração pública no curso no processo licitatório que resultou no Termo de Convênio firmado em março de 2022.
Fonte: Portal PORQUE