Bolsonaro se curva para Israel e escancara sua submissão aos Estados Unidos

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O deputado estadual Raul Marcelo usou a tribuna da Assembleia Assembleia (Alesp) nesta terça-feira (6) para repudiar a declaração de Bolsonaro sobre transferir a embaixada do Brasil em Israel. Esse anúncio ocasionou no cancelamento de uma visita em que o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, faria com o governo de Egito. O chanceler brasileiro desembarcaria nesta quarta-feira (7) e cumpriria uma agenda de compromissos entre os dias 8 e 11 de novembro.
De acordo com a imprensa nacional e internacional, a mudança foi justificada pelo Egito por uma mudança na agenda de autoridades do país. Como este tipo de cancelamento de última hora não é comum na diplomacia, o gesto foi visto como retaliação por membros da chancelaria brasileira a declarações de Bolsonaro sobre política externa.
Após eleito presidente da República, Bolsonaro prometeu transferir a embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, o que desagrada a comunidade árabe.
E para piorar a situação. A família de Bolsonaro, sobretudo seus filhos, posou, em inúmeras vezes, com camiseta estampada com os dizeres “Mossad”. Trata-se deum serviço secreto israelense, considerado o mais temível do mundo, que teve destaque durante a Guerra Fria, sendo considerado mais importante que a CIA, o serviço secreto dos Estados Unidos.
Mercosul
Raul Marcelo também criticou o desprezo de Bolsonaro com aliança do Brasil com o Mercosul. De acordo a imprensa, as declarações repercutiram como um alarme entre veículos de imprensa dos países-membros do bloco, que é composto pelo Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, e foram encaradas como um possível sinal enfraquecimento do Mercosul, sobretudo na questão econômica. Na Argentina, o jornal La Nacion destacou em sua manchete as falas, enquanto o jornal uruguaio El Pais disse que a posição “pode trazer efeitos dramáticos para a relação do Brasil com a região”.